Gilvan Samico é um pintor,desenhista e gravurista ,atualmente ele trabalha em Pernambuco.
Antigamente trabalhava em expressionismo mas hoje em dia ele trabalha emxilogravuras.
As suas obras estão sendo expostas em MoMA,Nova York e em Bienal de Veneza.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gilvan_Samico
terça-feira, 30 de agosto de 2011
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Lourival Batista Patriota - Rodrigo n°25
Lourival Batista Patriota nasceu no dia 6 de janeiro de 1915, na cidade do sertão pernambucano São José do Egito. É o mais velho de três irmãos, ambos repentistas, poetas que improvisam versos em diversas modalidades. Seus irmãos eram Dimas e Otacílio Batista. Concluiu o ensino fundamental em 1993, em Recife. Depois começou a viajar pelo Nordeste fazendo cantorias, os versos improvisados. Ele também era genro do poeta Antônio Marinho e um dos principais parceiros de Pinto do Monteiro. Lourival foi um dos mais famosos poetas populares nordestinos. Além de repentista, também foi banqueiro do jogo do bicho, mas sem obter muito sucesso. Em 1992, morreu, na cidade onde nasceu, no dia 5 de dezembro
Palhaço que ri e chora, Lourival Batista
Pinta o rosto, arruma palma
d'entre os néscios e sábios
o riso aflora-lhe os lábios
a dor tortura-lhe a alma.
Suporta com toda calma
Desgosto a qualquer hora;
ama sim, mas vai embora
vive num eterno drama:
Pensa, sonha, sofre e ama
Palhaço que ri e chora.
Tem horas de desespero
quando a vida desagrada
sentindo a alma picada
tem que ir ao picadeiro.
Se ama esquece ligeiro
porque ali não demora
chagas dentro, rosas fora
guarda espinho, mostra flor
misto de alegria e dor
palhaço que ri e chora.
Se quer alguém com desvelo
deixar é martírio enorme
se vai deitar-se não dorme
se dorme tem pesadelo.
Sentindo um bloco de gelo
lhe esfriando dentro e fora
desperta, medita e chora.
Sente a fortuna distante
julga-se um judeu errante
palhaço que ri e chora.
Palhaço, tem paciência!
Da planície ao pináculo
o mundo é um espetáculo
todos nós uma assistência.
Por falta de consciência
gargalhamos sem demora
choramos a qualquer hora
sem força, coragem e fé
porque todo homem, é,
palhaço que ri e chora.
d'entre os néscios e sábios
o riso aflora-lhe os lábios
a dor tortura-lhe a alma.
Suporta com toda calma
Desgosto a qualquer hora;
ama sim, mas vai embora
vive num eterno drama:
Pensa, sonha, sofre e ama
Palhaço que ri e chora.
Tem horas de desespero
quando a vida desagrada
sentindo a alma picada
tem que ir ao picadeiro.
Se ama esquece ligeiro
porque ali não demora
chagas dentro, rosas fora
guarda espinho, mostra flor
misto de alegria e dor
palhaço que ri e chora.
Se quer alguém com desvelo
deixar é martírio enorme
se vai deitar-se não dorme
se dorme tem pesadelo.
Sentindo um bloco de gelo
lhe esfriando dentro e fora
desperta, medita e chora.
Sente a fortuna distante
julga-se um judeu errante
palhaço que ri e chora.
Palhaço, tem paciência!
Da planície ao pináculo
o mundo é um espetáculo
todos nós uma assistência.
Por falta de consciência
gargalhamos sem demora
choramos a qualquer hora
sem força, coragem e fé
porque todo homem, é,
palhaço que ri e chora.
Foto de Lourival Batista, já idoso.
http://culturanordestina.blogspot.com/2007/09/lourival-batista-biografia.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Repentista
domingo, 28 de agosto de 2011
Vitória Rodrigues Lee, n°30
*sem legenda |
Literatura de cordel
A história de literatura de cordel inicia-se com o romanceiro do Renascimento, quando começou a imprressão de relatos tradicionalmenteorais feitos pelos “trovadores medievais”, e se desenvolve até à Idade Contemporânea. A literatura de cordel é chamada assim pela forma como são vendidos os folhetos, dependurados em barbante (cordão), nas feiras, mercados, bancas de jornal e praças, principalmente das cidades do interior e nos subúrbios das grandes cidades. Essa denominação foi dada pelos intelectuais.
O povo refere-se à literatura de cordel apenas como folheto. Na segunda metade do século XIX começaram as impressões de folhetos brasileiros, com suas próprias características.
Os temas incluem fatos do cotidiano, episódios históricos, lendas, temas religiosos, entre muito outros. As façanhas do cangaceiro Lampião (Virgulino Ferreira da Silva, 1900-1938) e o suicídio dopresidente Getúlio Vargas (1883-1954) são alguns dos assuntos de cordéis que tiveram maior tiragem no passado.
Não há limite para a criação de temas folhetos.
Inicialmente, eles também continham peças de teatro, como as de autoria de Gil Vicente (1465-1536). Foram os portugueses que introduziram o cordel no Brasil desde o início da colonização.
folhetos (*sem título) |
*sem título |
* = na fonte, não constatava os títulos
sábado, 27 de agosto de 2011
Ciro Fernandes
Ciro Fernandes nasceu na Paraíba em 1942 foi pintor de bois nas paredes dos açougues na Zona Leste, pedaço nordestino da Grande São Paulo. O menino nordestino de família pobre começou sua carreira pintando preços em cartazes de lojas no Rio.
No Rio, começou seu caminho de volta ao sertão na feira de São Cristóvão, fazendo xilogravuras gratuitas para os poetas de cordel que, até então, substituíam a autenticidade da arte nativa por fotografias, por uma questão de custos.
Mestre Zé Altino, de João Pessoa, reensinou-lhe os segredos da xilogravura, que, no Nordeste, é feita em casca de cajá e imburana. Ciro, então, largou tudo e voltou à arte mater, à condição de homo faber, mistura de artesão e artista.
Escreveu poemas, que ilustrou, resultando o livro “A rua”, um álbum abordando o tema urbano-carioca da Lapa e da feira de São Cristóvão, onde aos sábados e domingos os nortistas e nordestinos se reúnem.
Fonte: http://www.releituras.com/i_ciro_drummond.asp
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Definição e Histórico da Xilogravura - Emi n°10
A xilogravura é um processo de impressão em relevo, que usa a madeira como matriz onde torna-se possível a reprodução da imagem esculpida para, geralmente um papel ou na minoria dos casos para outro tipo de suporte.
Para fazer uma xilogravura é necessário de uma prancha de madeira e umas ferramentas de corte, onde com elas você cava a placa e cria seu desenho planejado.
Também é importante lembrar que depois de passar a tinta (após de cavar) lembrar que ao transmitir a imagem para o papel ou outro suporte, a imagem vai ficar invertida por isso é melhor ser cauteloso para não escrever as letras ao contrário.
Existem dois tipos de xilogravura:
Xilogravura de fio: também chamada de madeira à veia ou madeira deitada, é conhecida por ser feita em um pedaço de madeira que é cortada no sentido do fio dela, usando, de preferência goivas, formões e facas, resultando em valores pretos sobre o fundo branco.
Xilogravura de topo: também conhecida como madeira em pé, diferente da xilogravura de fio, é feita num disco de madeira e é contra o sentido do fio isto é cortada no sentido transversal do fio.
Não se sabe exatamente quando a xilogravura nasceu e onde surgiu, mas dizem que antigamente ela já era conhecida pelos indianos, persas e egípcios na estampagem de tecidos.
Xilogravura “Mudança do Sertão”, de J. Borges
Xilogravura “O banho”, de J. Nobre
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